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"E faz
que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja
posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, Para que ninguém possa
comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o
número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o
número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e
sessenta e seis." Apocalipse 13:16-18 |
Uma tatuagem pode dizer muito de uma pessoa, principalmente sobre seus
sinais vitais, garante um pesquisador da Universidade da Califórnia, em
San Diego, nos Estados Unidos. O professor de bioengenharia Todd Coleman
desenvolveu
sensores ultrafinos e flexíveis que podem ser colocados
temporariamente na pele para monitorar a atividade cerebral de pacientes
e, assim, acabar com os exames nas enormes máquinas de
eletroencefalograma.
Isso porque o novo método de interação cérebro-máquina difere-se dos
outros experimentos por usar uma técnica não-invasiva e, mais
importante, com transmissão de dados sem fio – o que garantiu o apelido
de tatuagem eletrônica.
A intenção do pesquisador em sofisticar a interface cerebral é impedir
que ela fique restrita a laboratórios, já que tem grande potencial como
uma
poderosa ferramenta de interação social, usada na telepatia - seja
para que as pessoas conversem umas com as outras sem se falar, ou para
operar máquinas e sistemas à distância, usando apenas o poder da mente.
"Nós demonstramos [com o estudo] que os sensores podem captar sinais
elétricos dos músculos da garganta para que as pessoas se comuniquem
apenas por pensamento", explica Coleman. "Queremos algo que também possa
ser usado em um café para [o público] se divertir."
Como funciona
O dispositivo consiste de camada de poliéster plástico que pode ser
esticado, torcido e dobrado, para acompanhar o movimento natural da pele
humana e ter boa durabilidade. Além disso, ele é tão fino quanto um fio
de cabelo (menos de cem mícrons de espessura, ou 0,1 milímetro), por
isso,
fica imperceptível quando grudado no corpo.
Dentro dele é implantado um circuito com células solares, que captam os
sinais elétricos das ondas cerebrais; sensores térmicos, que monitoram a
temperatura da pele; e detectores de luz, que analisam os níveis de
oxigênio no sangue.
Coleman afirma que já está aplicando os resultados da pesquisa, que foi
apresentada durante a última reunião da AAAS, para controlar o ritmo de
cérebro de bebês prematuros que sofreram lesão cerebral durante o
parto.
Além disso, as tatuagens eletrônicas podem ser aplicadas em outras
partes do corpo, como garganta, agindo com um microfone subvocal, ou
membros, para monitorar a atividade muscular de braços e pernas de
atletas.
Fonte:
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/02/27/tatuagem-eletronica-monitora-sinais-cerebrais-e-abre-caminho-para-o-poder-da-mente.htm